heranca_do_interior Belo Horizonte herdou do interior de Minas Gerais, por intermédio das muitas pessoas que vinham morar na nova metrópole, o gosto pelas festas juninas e a habilidade para dançar quadrilha.

A quadrilha é dançada há mais de 700 anos. Foi criada pelos camponeses da Inglaterra para comemorar a fartura na colheita e virou uma dança dos salões nobres da Europa. Chegou ao Brasil através da família real portuguesa e de missões culturais francesas. Aqui, de dança nobre, virou dança dos camponeses brasileiros, para comemorar o quê? ….a colheita farta! Por isto, tantas comidas nas festas juninas, para comemorar a fertilidade do solo. E, de quebra, a fertilidade do ser humano. O que explica a presença de uma noiva, quase sempre grávida, nas danças de quadrilha. E a dança passou a homenagear os santos da família:

Santo Antônio – Protetor dos namorados

São João – Protetor dos casados

São Pedro – Protetor dos viúvos

bandeirola_e_lavagem_dos_santos_1_04_robson_vasconcelos As bandeirolas surgiram porque os três santos homenageados na festa junina tinham suas imagens pregadas em bandeiras coloridas e imersas em água: a famosa lavagem dos santos. Assim acreditam-se que as bandeiras e as pessoas que se molhavam com elas eram purificadas. Com passar dos anos, surgiram as bandeirolas menores que traziam o mesmo significado de purificar o ambiente de festa.

Datas e horários ainda não divulgados.

A Prefeitura de Belo Horizonte criou, em 1979, o “Forró de Belô”, uma festa que unia os vários grupos de quadrilha que já existiam na cidade. Os objetivos eram, não somente oferecer mais uma opção de lazer e ampliação do leque de eventos turísticos, mas também o de resgate cultural, estimulando a criação de novos grupos de quadrilha, uma tradição que, ainda hoje, se espalha por todo o interior de Minas.

A partir de 1980 o evento passou a ser coordenado pela Belotur. Em 1994, transformou-se no “Arraial de Belô”. Deixou de ser apenas uma grande festa e resgatou a tradição junina na cidade. Desde a criação, a festa já foi realizada na Praça da Estação, Parque da Gameleira, Parque das Mangabeiras, Serraria Souza Pinto e nas administrações regionais.

A valorização das raízes e a apresentação de agentes simbólicos da arte, cultura e tradições de Minas Gerais fazem do “Arraial de Belô” uma das festas mais representativas de Minas Gerais e da capital, além de ter se consolidado com um dos eventos mais tradicionais do calendário cultural e turístico de Belo Horizonte.

Considerada uma das maiores festas juninas do Brasil, sucesso consolidado ao longo de 37 anos, o evento contempla manifestações culturais unidas às tradições e valores das comunidades inseridas no grande evento. São mais de 40 grupos de quadrilhas que representam todas as regiões da cidade no Concurso Municipal do Grupo de Acesso e Especial.

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