Alunos da PUC -Os alunos da graduação em Psicologia da PUC Minas, no bairro Coração Eucarístico, região Noroeste de BH, estão se mobilizando para pressionar a direção da Faculdade de Psicologia e a Reitoria da Universidade por explicações a respeito da decisão de demitir, sem justa causa, oito professores da instituição. Segundo os estudantes, os desligamentos teriam sido motivados por perseguição política.
A mobilização dos alunos teve início no final da tarde dessa segunda-feira (12), logo após o anúncio das demissões. Os discentes realizaram um abaixo-assinado on-line, que já conta com mais de 800 apoiadores, além reclamações na ouvidoria e uma carta a ser entregue ao Colegiado responsável e para a Reitoria.
A arbitrariedade e a falta de transparência na decisão foram as principais motivações para a mobilização dos alunos. “O colegiado vem passando por mudanças desde que a nova gestão assumiu. Eles vêm tomando medidas arbitrárias, o que culminou nessas demissões”, explicou Elisa Souza, uma das lideranças do movimento.
Os discentes alegam que os oito professores demitidos (Arthur Gomes, Dinéia Domingues, Fabiana de Andrade Campos, Geisa Moreira, Jussara de Avellar, Marco Antônio de Azevedo, Maria Alice Lima e Paula Birchal) são nomes de excelência que “contribuem ativamente e essencialmente para a formação acadêmica, humana e crítica”.
Os estudantes ainda criticam o fato de o tradicional curso presenciar uma queda de qualidade – obteve nota 3 em 5 na última edição do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) – e alegam que a demissão desses docentes pode comprometer ainda mais a qualificação da graduação.
A Associação dos Docentes da PUC Minas (ADPUC), entidade de representação dos professores da Universidade, declarou apoio à mobilização estudantil.
“Somos contrários à essas demissões arbitrárias, que demonstram autoritarismo na condução do curso. Eles estão sendo demitidos sem nenhum esclarecimento, um desrespeito à dignidade desses professores”, argumentou Maria Ester Saturnino Reis, diretora da entidade. Você pode ver a nota da ADPUC na íntegra clicando aqui.
A ADPUC também acredita que as demissões tiveram motivação política. “Nós entendemos que se trata de uma perseguição política, já que os professores têm posições divergentes à condução do curso”, completa Maria Ester.
Procurada e questionada a respeito das alegações dos alunos, a PUC Minas preferiu não se posicionar sobre o assunto e se limitou a informar que “se pronunciará no momento que tiver que se pronunciar”.
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