Chape – “Não sabemos quando teremos outra viagem tão distante e importante assim”. Estas foram as palavras de Gilberto Pace Thomaz, assessor da Chapecoense, quando ainda era mero torcedor do alviverde e visitava Belo Horizonte, em 2010, para acompanhar o time que enfrentaria o Atlético, no Mineirão, na segunda fase da Copa do Brasil.

Naquele 1º de abril, ele e um grupo de apaixonados pelo clube de Chapecó percorreram cerca de 1.400 Km – mais de 18 horas de viagem – para conhecer a capital mineira. O resultado do duelo, para todos eles, pouco importava. O placar de 6 a 0 para os donos da casa, inclusive, não abalou o amor que sentiam pelo Verdão do Oeste.

Morto na tragédia desta terça-feira (29), que vitimou mais de 70 pessoas na Colômbia, onde o clube de Santa Catarina faria a primeira partida da decisão da Copa Sul-americana, Giba, como era conhecido por amigos e no meio da bola, terminou sua trajetória com o grande sonho pessoal/profissional realizado: fazer parte do quadro de funcionários da Chape.

Encarando com afinco os estudos na faculdade de jornalismo, ele conseguiu o diploma, se aproximou mais ainda do clube, passou por alguns veículos de comunicação locais e, como prêmio, acabou sendo contratado como assessor o clube de coração.

Seis anos após aquele embate contra o Atlético, mal sabia ele que, numa viagem sete vezes mais longa (cerca de 7.400 km), e muito mais importante, sua história com a Chapecoense seria imortalizada.

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