Ônibus vão circular –  A paralisação geral prevista para quarta-feira (15) deixou muito belo-horizontino em dúvida, já que o movimento afetará diversos serviços, como o metrô, a educação, a saúde e a limpeza. Afinal, os ônibus também vão ficar na garagem durante o Dia Nacional da Paralisação contra a Reforma da Previdência?

Não, os rodoviários apoiam o movimento, mas garantem que não vão cruzar os braços. “A diretoria do sindicato e os trabalhadores que estiverem de folga vão participar da manifestação porque achamos essas reformas altamente prejudiciais. Mas não teremos nenhuma paralisação”, esclarece  o diretor de comunicação do sindicato dos rodoviários de BH, José Márcio Gomes Ferreira.

O protesto a que o diretor se refere é o previsto para ocorrer a partir das 9h na região central de Belo Horizonte. Portanto, a previsão é de trânsito caótico, amanhã, na capital mineira, mas os coletivos rodarão normalmente. “Avaliamos que não é o momento para desgastar a categoria. Estamos numa extrema crise no mercado e todo protesto tem rescaldos negativos”, justifica Ferreira.

Operação

Preocupada em amenizar os impactos do movimento, a Prefeitura de BH anunciou um plano de ação. A administração afirma que a principal “orientação orientação, no entanto, é de que, na medida do possível, as pessoas evitem circular pelo Centro de BH neste dia, seja a pé ou de carro”.

A administração afirmou que reforçará a segurança nas estações alimentadoras do metrô, já que o trem urbano não deve circular. O objetivo da ação é “garantir a segurança e direito de ir e vir das pessoas que não tiverem como evitar de transitar pela área central da capital e, ao mesmo tempo, respeitar a liberdade de expressão dos manifestantes”

Trânsito

Para garantir a fluidez do tráfego, a Unidade de Trânsito Integrada (UIT), que reuni agentes da BHTRANS, Guarda Municipal e Batalhão de Trânsito (BPTran), atuará nos principais cruzamentos de vias, verificando a necessidade de interrupção do fluxo de carros, estabelecendo desvios de rota e adequando o tempo da sinalização semafórica à garantia da segurança dos pedestres. Nas áreas afetadas pelas manifestações onde houver mudança no transporte coletivo, agentes estarão presentes para prestar informações e orientar os usuários.

Durante todo o dia, 250 agentes da BHTRANS estarão nas ruas para realizar as intervenções. Um acréscimo de viagens em linhas do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte poderá ser implantado de acordo com a demanda, sobretudo em função da falta do metrô. Haverá também agentes nas estações de integração do MOVE e na Estação de Transferência da Rio de Janeiro para orientar os usuários quanto a possíveis alterações em linhas de ônibus.

A fiscalização municipal terá equipes nos pontos de concentração de manifestantes, como Praça Afonso Arinos, Praça da Estação, Praça Sete e ao longo das principais avenidas por onde os grupos deverão se deslocar. O objetivo é garantir que não haja, nos trajetos, entulhos, caçambas e materiais de construção que possam ser lançados contra o público, causando riscos aos transeuntes.

As câmeras do COP-BH serão utilizadas para monitorar a movimentação de pessoas nas áreas de manifestação, orientando também a Guarda Municipal e a Polícia Militar quanto aos locais que demandem maior concentração de efetivo para garantia da segurança da população. Uma equipe de 61 técnicos irá acompanhar as imagens, direcionando o pessoal em campo para os pontos considerados estratégicos, realizando eventuais alterações semafóricas necessárias e acionando as equipes de reboque para desobstrução de vias, quando necessário.

Com BHTrans

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