Ministro da Justiça – Reunião ocorreu na cidade de São Paulo para definir plano de contingência e troca de informações entre estados.
O ministro da Justiça Torquato Jardim se reuniu na manhã desta quinta-feira (22) no Centro de São Paulo (SP) com os secretários estaduais da Segurança Pública do Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais para definir um plano de controle de divisas após a intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro.
No encontro marcado na sede da Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo, foram discutidos os reflexos nos estados vizinhos e um plano de contingência montado pelo governo capixaba, além da criação de um protocolo para troca de informações entre as inteligências dos estados, do Exército, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal.
O plano de contingência tem como objetivo inibir eventuais deslocamentos de grupos criminosos do estado do Rio de Janeiro para o Espírito Santo. Entre as ações que serão realizadas estão abordagens de veículos e pessoas em atitude suspeita.
Ao G1, o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo André Garcia detalhou a pauta da reunião. “Vamos estabelecer um protocolo para essa troca de informações. Precisamos entender qual o alcance dessa intervenção e os estados vizinhos precisam ter privilégios no acesso à informação”, disse o André Garcia. O secretário avalia que a intervenção no Rio foi uma medida que “deveria ser adotada”.
Em entrevista à GloboNews na segunda-feira (19), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) classificou a decisão pela intervenção “extremíssima”, mas avaliou que “se há necessidade, tem que fazer”. “Claro que extremíssima. Porque desde 1988 nunca houve. Devem ter tido argumentos, razões pra levar a essa medida. Se ela é necessária, vamos ajudar pra que corra bem, pra que avance, melhore, essa é a nossa disposição, sempre de colaborar.
Acompanhando o governador Geraldo Alckmin, o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, negou que possam ocorrer reflexos em São Paulo. “A situação no estado é de absoluta tranquilidade. Agora, nós precisamos, obviamente, conversar com os colegas dos demais estados, integrar melhor nesse momento as nossas inteligências, pra possibilitar que esse quadro de tranquilidade que hoje existe, ele se mantenha. Então, não há uma preocupação extraordinária com relação a intervenção no estado do Rio”, disse.
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