desastre de Mariana – Documento com mais de 300 páginas apresenta ações ambientais; Ibama pede que Renova reproduza medidas em área piloto.

Plano para recuperar área atingida pelo desastre em Mariana é discutido em reunião, em BH

O plano para a recuperação da área atingida pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, foi discutido em uma reunião nesta terça-feira (13), em Belo Horizonte. Novas alterações foram propostas e novos prazos estipulados.

Representantes de órgãos ambientais e da Fundação Renova, responsável por elaborar o plano de manejo de rejeitos, participam do encontro. O documento tem mais de 300 páginas e apresenta ações de recuperação ambiental entre o complexo de barragens em Mariana e a Usina de Candonga.

Os órgãos ambientais tiveram cerca de 40 dias para analisar as propostas antes de discutir o assunto. Para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o plano precisa ser mais específico com relação à deposição dos rejeitos.

“A gente precisa que eles detalhem um pouco melhor este método e consigam reproduzir em uma área que a gente escolheu, que a gente denominou de área piloto, para que a gente consiga ver se ele realmente pode ser aplicado”, disse a analista ambiental do Ibama Fabíola Nunes Derossi.

A parte do plano de manejo que trata especificamente da recuperação da usina hidrelétrica já foi discutida em outra reunião na semana passada. O Ibama solicitou que adequações fossem feitas ao plano, principalmente com relação à deposição do rejeitos, e pediram uma prazo para que o lago da usina volte a encher, já pensando na retomada das atividades da hidrelétrica.

“A finalização dessa primeira fase, ela daria condições de retorno operacional da usina. Isso se daria em julho de 2018. É uma estrutura de grande porte que tem interesse de geração de energia, de empregos, de impostos naquela localidade. Com o reservatório cheio, ela vai servir também para a gestão de rejeitos”, disse o superintendente do Ibama em Minas Gerais. Marcelo Belizário.

Segundo o superintendente, um relatório da reunião desta terça-feira (13) será encaminhado para o Comitê Interfederativo, em Brasília. Ficaram definidas ações com prazos imediatos, outras para julho e ainda outras para outubro deste ano.

A Fundação Renova disse que todos os pedidos de adequação ao plano apresentado nas reuniões da câmera técnica serão analisados, após avaliação do comitê. “A partir da aprovação do plano de manejo, nós já temos condições de iniciar todas as ações para recuperação do Rio Doce”, disse a líder socioambiental da Fundação Renova, Juliana Bedoya.

A Fundação Renova foi criada pela Samarco e pelas acionistas Vale e BHP, depois da assinatura de um termo de Transação de Ajustamento de Conduta com os governos estadual e federal. Ela é a responsável por implementar e gerir os programas de recuperação e reconstrução das regiões afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

-globo

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