Colégio Santo Agostinho em BH – No começo da semana, um outro grupo de pais notificou extrajudicialmente a mantenedora do colégio, em que contestaram o ensino de diversidade sexual e gênero na instituição

Um grupo de pais de alunos do Colégio Santo Agostinho realizou na noite desta sexta-feira, na unidade da Avenida Amazonas (Centro de Belo Horizonte), ato de apoio à instituição de ensino. Além de abraço simbólico ao prédio, eles entregaram ao diretor da entidade, Clóvis Oliveira, documento com 579 assinaturas para demonstrar confiança na escola.

Na segunda-feira, a Sociedade Inteligência e Coração (SIC), mantenedora das três unidades do Colégio Santo Agostinho (BH, Contagem e Nova Lima), na pessoa de seu presidente, o frei Pablo Gabriel Lopes Blanco, recebeu notificação extrajudicial de outro grupo de pais, responsáveis por 84 alunos, contestando o ensino de diversidade sexual e gênero na instituição.

Presente ao ato desta sexta-feira, o servidor público Paulo de Tarso, de 53 anos, considera que a notificação extrajudicial da instituição de ensino não se justifica. “Acho que houve uma má interpretação”, opinou ele, que tem dois filhos matriculados no Santo Agostinho e estudou no colégio. Já a advogada Cynthia Barbabella, de 44, mãe de dois alunos, avaliou que houve “exposição desnecessária” da instituição de ensino. “Estamos aqui em apoio ao colégio”, reforçou.

Em meio ao debate sobre o assunto desde que um grupo de pais notificou o Santo Agostinho, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira Azevedo, ressaltou que “a escola católica está, frontalmente, na contramão do que significa e pretende a ideologia de gênero”, escreveu ele em artigo publicado nesta sexta-feira no Estado de Minas.

“Isso não significa deixar de exercer uma tarefa urgente no mundo contemporâneo: é preciso ensinar que a dignidade maior, a de ser filho e filha de Deus, deve ser igual para todo homem e mulher”, diz outro trecho do texto.

No artigo, Dom Walmor destacou ainda a importância do diálogo. “Nesse dever, nos processos formativos, o diálogo entre os educadores das escolas e as famílias é muito necessário. A escola católica deve manter o que a singulariza: oferecer uma formação integral balizada nos valores cristãos”.
-em

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