Além das taxas reduzirem com Trump, Relatório do Mercado Focus para fim de 2016 também prevê que taxa de câmbio subirá de R$ 3,20 para R$ 3,22

Os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta sexta-feira, 14, passaram a apostar em uma menor redução da taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 29 e 30 deste mês, após Trump ser eleito como presidente dos Estados Unidos.
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Até a semana passada, o mercado esperava um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, que está atualmente em 14% ao ano para 13,50% aa. Agora – após a surpresa com a eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e possíveis mudanças na política econômica americana com reflexos domésticos -, as estimativas apontam para uma redução de 0,25 p.p., o que deixaria a taxa em 13,75% anuais ao fim de 2016. Já a taxa básica para o fim de 2017 permaneceu em 10,75% ao ano. Há um mês, a projeção para a Selic ao fim do próximo ano era de 11% aa.Na última ata do Copom, publicada no dia 25 de outubro, o colegiado voltou a afirmar que eventual intensificação do movimento de corte do juro dependerá da “evolução favorável de fatores”. No documento da reunião em que o Banco Central reduziu o juro de 14,25% para 14%, os diretores da instituição argumentam que “a convergência da inflação para a meta em 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias”.

Dólar

O Relatório de Mercado Focus também mostrou mudança marginal na estimativa para o câmbio deste ano, sem captar ainda a pressão sobre a moeda e o esforço feito pelo Banco Central para conter a alta volatilidade decorrente da eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. O documento divulgado pelo Banco Central indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,22 no encerramento de 2016, acima dos R$ 3,20 da projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,25. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,43 – onde já estava um mês antes.

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As projeções não captaram totalmente o movimento da última sexta-feira, quando o Banco Central precisou intervir com força no mercado para segurar a alta do dólar, que chegou a bater os R$ 3,50. Para frear a explosão do câmbio, a autoridade monetária – que já havia suspendido a oferta de swap cambial reverso na quarta-feira – realizou três leilões de swap cambial tradicional com um montante de US$ 1,702 bilhão em contratos vendidos. Ainda assim, a moeda americana fechou o dia cotada a R$ 3,4053, no maior patamar desde 21 de junho deste ano, quando encerrou o dia vendida R$ 3,4134.Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio passou de R$ 3,39 em R$ 3,40 de uma divulgação para a outra – quatro semanas atrás estava em R$ 3,40. Já o câmbio médio de 2017 passou de R$ 3,31 para R$ 3,32 – estava em R$ 3,36 um mês atrás.

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