Aécio Neves – A sessão do Senado realizada na tarde desta terça-feira (4) marcou a volta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) aos trabalhos na casa. Em seu discurso, o senador mineiro disse ser vítima de uma armação realizada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS e delator no âmbito da Procuradoria Geral da República (PGR). Ao citar o empresário, ele utilizou a palavra “bandido”.
Por ter excedido o tempo de fala, a campainha do plenário disparou, mas nada calava o tucano, que desde o dia 18 de maio, estava impossibilitado de exercer a atividade parlamentar devido à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Lava Jato, Edson Fachin, de afastá-lo.
Aécio Neves afirmou que durante sua vida não obteve, “em tempo algum, vantagem financeira em razão da política” e que foi condenado “sem qualquer chance de defesa”. Enquanto falava, o senador não permitiu que os colegas o interrompessem.
Apesar de ter voltado ao cargo, o político mineiro continua denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça. A volta foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello na última sexta-feira (30).
Denunciado por corrupção passiva e obstrução da Justiça pela PGR, Aécio Neves foi pego, em gravação, pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista. Com isso, ele ficou afastado do cargo de senador e também não exerceu a presidência nacional do PSDB. Em seu lugar ficou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ao chegar ao Senado, Aécio Neves reuniu-se com colegas de bancada e não falou com a imprensa.
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