crise financeira  – Referência para Belo Horizonte e também a Região Metropolitana no atendimento a situações de urgência e emergência, o Complexo Hospitalar Metropolitano Odilon Behrens (CHMOB) passa por uma grave crise financeira em decorrência da falta de repasse de verbas da Prefeitura da capital e do governo Estadual. Segundo o Ministério Público (MP), a prefeitura e o Estado devem juntas à unidade R$ 44 milhões, não repassados desde 2016.

Em protesto contra essa situação, funcionários do hospital fizeram manifestação nesta quarta-feira,17, para cobrar, do Estado e da Prefeitura, a liberação dos recursos para a normalização do atendimento. Presente à manifestação, o promotor de saúde Hélio Costa Dutra, comentou a situação da unidade. “Sem receber os repasses mensais de R$ 3 milhões para a manutenção, a unidade se vê impedida de fazer reinvestimentos em seu funcionamento, o que compromete a boa prestação de serviço à população”, comentou.

A falta do repasse das verbas estaria comprometendo o pagamentos dos fornecedores, afetando diretamente quem mais precisa da unidade: a população. Usuários, como a auxiliar administrativa Nívea Conceição da Costa, que foi utilizar o atendimento na unidade, mas anda insatisfeita nos últimos tempos. “Quando isso aqui vai melhorar senhor prefeito? Em vez de melhorar, a coisa está é pior. A gente vem aqui e demora um dia inteiro para ser atendido; isso, quando é atendido. A gente merece respeito”, disse ela.

Com atendimento 100% SUS, a unidade tem atualmente 516 leitos, distribuídos pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida, o Hospital Dia, a UPA Noroeste II e a UPA Nordeste. Ao todo, essas unidades têm atendido, mensalmente, 18 mil usuários. A unidade, além dos casos de urgência e emergência, é referência estadual para atendimentos às demandas de alta complexidade, como cirurgias cardiovasculares, de gestantes de alto risco, geriatria, neurocirurgias e pessoas vítimas de violência sexual.

Em defesa  do Hospital, centenas de pessoas participaram de manifestação na manhã desta quarta,  19

A manifestação, que reuniu cerca de 250 pessoas, entre funcionários, usuários e conselheiro municipais de saúde, saiu em passeata pelas ruas do entorno do complexo, na região do Bairro São Cristóvão. Com balões brancos, cartazes e faixas de protesto em defesa da unidade, o ato foi organizado pelo Conselho Municipal de Saúde de BH (CMS). Durante a manifestação, a vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde Belo Horizonte, Maria da Glória Capistrano, destacou a importância de uma ação urgente do poder público para garantir o funcionamento adequado da unidade. “Se nada for feito para reduzir o déficit, o atendimento pode ser prejudicado, causando prejuízo à população, que é quem mais sofre com a situação”. Já a vice-diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Ilda Alexandrino, afirma que o ato era para chamar a atenção das autoridades gestoras para a necessidade de uma ação urgente, antes que a situação se agrave ainda mais.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde da capital garantiu que o atendimento não vai ser interrompido, mas ampliado. Para isso, técnicos estão trabalhando em um diagnóstico da situação financeira da unidade. Do outro lado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) informou, também por nota, que um dos repasses não foi efetuado porque a unidade não alcançou a meta estipulada de forma completa. A nota termina dizendo que uma verba extra aprovada, em dezembro de 2016, aguarda disponibilidade financeira.

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